sábado, 18 de outubro de 2014

Diário de Bordo -Completo e Compartilhado

Após longos e bons meses presentes na 3ª Bienal da Bahia, este, chega ao seu fim, e como recordação ,coube aos mediadores de cada espaço expositivo, relatar suas experiências, vivencias e o que quisessem falar sobre o evento...
Quero deixar aqui algumas páginas preciosas desse diário ....
 
 




 








Palacete das Artes -terça à sexta (13:00 às 19:00) sáb e dom-(14:00 as 19:00)
 
 

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Diário de bordo - Abertura

19 de julho de 2014

 
 AAAAAAAH! (por dentro)
 
Todos os mediadores tinham que estar prontos duas horas antes da grande abertura, sai de casa pensando ( é hoje !) , passou as horas e finalmente chegou as 19:00 e as portas se abriram. Ô pensem um monte de gente atrevessando uma única porta , ansiosos para ver exposição, quando os vi entrado, lembrei de um filme que assiti que as mulheres ficavam na porta desesperadas para aproveitar a liquidação da loja Confessions of a Shopaholic (hahahahahaha), foi exatamente igual , gente de todo tipo ,de todas as idades ,
inclusive estavam presentes alguns artistas que exporam suas obras.
 
Como era abertura, os visitantes não queriam saber de mediação, só olhavam e davam suas críticas e elogios.Foram quatro horas de pura animação , por vê que deu tudo certo, lembrando que fiz o curso para ser mediadora,  deixei os finais de semanas por quase 3 meses para estar no curso, estudar, aprender para finalmente chegar aquele exato momento,reecontrei colegas do cursos e conhecidos neste dia, voltei feliz e animadíssima..
 
E aos poucos eles foram deixando o espaço e a noite passando, foi um dia sensacional um momento inesquicivel para mim, é um orgulho fazer parte dessa história.    
        
                                                                                                                     fim da noite



Vauluizo Bezerra- Rio BANG BANG


Abertura no PALACETE DAS ARTES- ESPAÇO MARIO CRAVO


Marepe- GALERIA


 

Mediadora Camila

SURPRESA!! + Novo Espaço + Novas Histórias


18 de julho de 2014


  O dia o qual eu esperava que fosse tranquila como na semana anterior, peguei o ônibus em direção ao MAM para mais um dia de trabalho, chegando lá encontrei com os colegas mediadores , conversando  estava entretida com eles  e esperando os visitantes, até o momento em que minha supervisora me liga e diz que eu precisava ir para o novo espaço ( Palacete das Artes ) e receber mais um treinamento às  14:00 (detalhe eram 13:35 )  e abertura seria no dia seguinte ,eu já sabia que iria me mudar mais cedo ou mais tarde, porém não estava esperando que fosse naquele dia rsrsrs

Enfim , arrumei minha mochila e fui andando com mais 2 produtores da bienal até lá (:
Chegando ao Palacete , estávamos esperando os outros colegas que iam ficar no mesmo espaço e logo recebemos o treinamento e orientações pelos curadores Ayrson Heráclito  e Marcelo Rezende , foi um tour pelo casarão e pela galeria, acompanhamos de perto a montagem do lugar.

Esperando ansiosa pela abertura ... ( mistérios )

 Voltei pra casa e descansei ,
 
 

Diário de Bordo - Começando...


 9 de julho de 2014



 Estava ansiosa para o primeiro dia na 3º Bienal da Bahia , vesti a camisa e a  cartucheira , com confiança, estava pronta  para o que iria acontencer. Cheguei no MAM-BA por volta de 13:30 ,  estava um clima super agradável , com um solzinho massa ( rsrs ) , almoçei , em seguida já fui vendo como funcionava as coisas, observando atentamente como meus colegas mais experientes como estava sendo a mediação deles com o público e acompanhei de perto todo o processo.
 
Após 2 dias já estava preparada e fazendo medição sozinha :D e para ser mais perfeito, meus primeiros mediados  foi um casal e um rapaz que vieram da Suiça , eu começei o diálogo com o rapaz e ele traduziu para o pais deles, foi incrível. No MIN (Museu Imaginário do Nordeste)  o tema proposto pela bienal foi  baseado na cartilha  de Paulo Freire, que alfabetizou muitos operários com seu método  de unir palavras e desenhos, com experiências  e vivências dos operários , reecenando isso no museu, foi desafiador

Em seguida apareceu uma mulher super  apressada , queria ver a exposição mas estava com tanta pressa que pegou apenas nosso mapa, nos deu um abraço contente e foi embora :)
 Por volta de 16:30  da tarde, no MAM o pôr  do sol é, sem dúvidas,  uma vista deslumbrante (recomendo) fiquei admirando e conversando com os colegas por alguns minutos e voltamos ao trabalho  .

Sai de lá umas 18:00, peguei um ônibus e fui pra casa... e assim terminou o meu dia :)

                                                                          

 




Cartilha de Paulo Freire- É TUDO NORDESTE?

  




Pôr do sol no MAM
                                                         
 
 
                                                                                                


                                                                              

 
Vista do Casarão
 
 
 
 
 
                                                                                                  
 
                                                                                             FOTOS: Camila Santos ( Cammy)


domingo, 27 de julho de 2014

EXTRA EXTRA !!

 Fala galera ! rs 

 Fiquei tempos sem postar , muitos trabalhos e ocupações. Mas, estou voltando  e com novidades, irei fazer ( quando possível ) hahaha . Um diário virtual com o tema : dia a dia de uma Mediadora ( no caso, eu ) , contando o que aconteceu no dia , sendo produtivo ou não, muitas vezes engraçados ou com situações inusitadas, experiências e situações que um mediador passa com possíveis  fotos e/ou vídeos.
 Tudo que vou contar, será em virtude da 3ª Bienal da Bahia a qual faço parte até 7 de setembro, aproveito para convidar quem mora na BAHIA ou em SALVADOR  a ir ver as exposições. 


É TUDO NORDESTE?


Mediadora: Camila Santos












divirtam-se com minhas histórias e boa leitura
beijos

sexta-feira, 7 de março de 2014

1ªe 2ª Bienal da Bahia -Histórias

 Primeira postagem de 2014 \o/



1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas (1966)


Convento do Carmo, dezembro de 1966. Foi nesta construção primordial de grande importância histórica para Salvador que se realizou a 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, conhecida como Bienal da Bahia. Reunindo artistas de diferentes partes do país, entre eles os premiados Lygia Clark, Rubem Valentim, Rubens Gerchman e Hélio Oiticica, o evento foi um marco na história da arte brasileira. Promovida pelos artistas Juarez Paraíso, Chico Liberato e Riolan, com o apoio do Governo do Estado da Bahia, a Bienal tinha como proposta descentralizar a produção artística no País e, ao mesmo tempo, afirmar o diálogo do cenário baiano e nordestino com a cena artística do resto do país.
Segundo Chico Liberato, artista plástico e cineasta, a notícia do lançamento da 1ª Bienal da Bahia foi recebida com entusiasmo pela comunidade artística: “Eu estava no Rio de Janeiro, em uma exposição na Galeria Relevo, de Jean Boghici, quando Juarez me ligou e disse: ‘Chico, vai sair a Bienal da Bahia, você já pode convidar o pessoal para as salas especiais’. Voltei para a sala expositiva e falei para o dono da galeria: ‘Olhe, a notícia é essa, Juarez Paraíso acabou de me dizer ao telefone que eu já convidasse as salas especiais para a 1ª Bienal da Bahia’. Todos bateram palmas, foi maravilhoso”.
A boa recepção do surgimento da Bienal da Bahia foi também pontuada pela coreógrafa Lia Robatto: “quando correu a notícia de que ia ser aberta a primeira Bienal da Bahia foi um entusiasmo geral, todo mundo animadíssimo”. Por conta do seu histórico de contato com as bienais de São Paulo, Lia decidiu participar da edição nordestina trazendo uma perspectiva diferente de abordagem do corpo. A temática corporal estava sendo discutida na época por personalidades como Lygia Clark, o que fez a coreógrafa pensar em trilhar o caminho inverso: “em vez de ser uma artista plástica trabalhando, abordando o corpo, vai ser uma coreógrafa, através do seu corpo, abordando as artes visuais”, contou. Com seu projeto, Lia foi a única coreógrafa que apresentou uma proposta de arte visual na Bienal, o que, para ela, foi prova da mentalidade aberta e visão não convencional que caracterizaram a 1ª Bienal da Bahia.

2ª Bienal da Bahia e ditadura militar (1968)


Dois anos após a realização da primeira edição, Salvador voltou a sediar uma Bienal, desta vez no Convento da Lapa, onde atualmente funciona um campus da Universidade Católica. Entre as novidades dessa segunda edição – inaugurada pelo então governador do Estado, Luís Viana Filho –, havia uma seção especial de objetos que não faziam parte dos campos tradicionais das artes, além de um prêmio especial para pesquisas.
Foram expostos ao público cerca de três mil trabalhos, divididos da seguinte forma: Gravura e Pintura; Desenho, objeto e escultura; Salas Especiais, Pintura Primitiva, desenho e fotografia; e Sala Especial de Artesanato. O evento, entretanto, foi fechado dois dias após sua abertura. Passado um mês, foi reaberto com dez obras a menos, consideradas subversivas pelo Regime Militar, além das obras retiradas por outros artistas em solidariedade aos colegas censurados. Os jornais da época noticiaram o acontecimento, como esta matéria do A TARDE, publicada no dia 23 de dezembro de 1968:
Jornal A Tarde publicou matéria sobre o fechamento da Bienal de 1968
Jornal A Tarde publicou matéria sobre o fechamento da Bienal de 1968
A reportagem retrata o contexto político da época e o fechamento do evento, como exposto no seguinte trecho:
“Em verdade, o que houve foi a apresentação de quadros considerados subversivos, o que causou sérios aborrecimentos e o fechamento da exposição por algumas horas para retirada dos referidos trabalhos. Entre eles figuram quadros de Levio Braga, Antônio Manuel, Antônio Lima Dias e Tereza Simões.Também os prêmios que deveriam ser distribuídos ontem, às 20:00, no Teatro Castro Alves, não o foram, porque apenas um dos artistas agraciados, Francisco Liberato (Objeto), encontra-se em Salvador. Telegramas já foram enviados aos artistas vencedores do certame, aguardando-se a qualquer momento as respostas”.
Desde então, as Bienais não foram mais realizadas. A 3ª Bienal da Bahia, que acontece de 29 de maio a 7 de setembro de 2014, vem fechar uma lacuna de 46 anos na arte baiana. Durante 100 dias, mais de 30 espaços culturais da capital e do interior receberão exposições, performances, ações educativas e uma programação cultural.
É tudo nordeste? é a indagação que move o projeto curatorial, o conceito central que percorre todas as ações, exibições, projetos e encontros da 3ª Bienal da Bahia. A questão impõe um ato de aproximação da produção cultural e artística da região, em suas mais diversas perspectivas: o Nordeste como condição geográfica, construção histórica e ainda como potente peça do imaginário.