domingo, 29 de março de 2015

Gestão de Pessoas em: The Devil Wears Prada

No filme The Devil Wears Prada (O Diabo Veste Prada)  vemos cenas de situações em que para obter sucesso na carreira, os funcionários submetem-se a vontades e tarefas absurdas solicitadas por sua chefe. Na trama há presença de dificuldades no ambiente de trabalho, assédio moral, como lidar com grupos informais, gestão de pessoas, estilo de  liderança, ética profissional e pessoal. Deixando uma pergunta: Vale a pena trabalhar para o “diabo” para ter sucesso profissional?

 A trama começa com a jovem Andrea Sachs recém-formada em jornalismo que consegue um emprego na revista de moda de Nova York, chamada Runway Magazine, ela trabalha como assistente de Miranda Priestly chefe executiva da revista. No momento da seleção Andrea teve uma postura inadequada ao perfil da vaga, ela não pesquisou com antecedência informações sobre a empresa a qual se candidatara e na cena ela diz: “enviei currículo para todo mundo e fui chamada por vocês“, ou seja, jogou todos os dardos sem saber aonde iria “acertar” e, a revista era de moda, então na seleção eram exigidos alguns padrões físicos como ser magra, bonita e admiradora da revista e ter no mínimo senso de estilo, Andrea não atendia aos requisitos padrões, mas foi aprovada na seleção pelo seu excelente currículo e seu discurso sobre ética de trabalho, Miranda concedeu  um voto de confiança e a contratou.

No decorrer dos dias, para que seu trabalho fosse notado Andrea muda totalmente seu estilo no que se referem à vida profissional, aparências físicas e comportamentais para se adequar os padrões da empresa, ela literalmente se torna uma “Garota Miranda”, entrega-se inteiramente de corpo e alma, veste a camisa e torna-se parte da empresa, mostrando suas competências e habilidades. Depois de um tempo Andy mesmo sem querer ficou sem autonomia para de decidir suas próprias escolhas, deixando de lado seu tempo com os amigos e família, sempre colocando o trabalho prioridade sem pensar nas consequências que traria na sua vida pessoal, estava determinada a manter aquele emprego , vendo cada tarefa absurda como desafio e uma chance para mostrar o quanto ela é altura do que a chefe queria.

Percebe-se uma grande obsessão de Andy pela carreira estava disposta a passar por cima de seus princípios, valores éticos e morais, fazendo escolhas erradas, por um objetivo que não estava em seu planejamento inicial que era ser jornalista.

No trama, há presença de assédio moral por parte de Miranda Priestly, para ela, suas assistentes tinham que estar disponíveis 24h por dia e além do emprego na revista, Andrea se esforçava em outras áreas, ela era submetida a tarefas extras como comprar café, fazer a lição de casa das filhas da chefe, acompanha-la  a em eventos sociais da moda, fazer tarefas  impossíveis como conseguir  um jatinho de última hora para decolar mesmo com um mal tempo, mostrando que estava preparada para os desafios e se  recusara a fracassar.

A motivação de Andy é conseguir confiança e reconhecimento de sua chefe, a cena em evidência é a partir do momento em que sua superior  diz: “Contrato sempre as mesmas garotas, estilosas, magras, é claro , apaixonadas pela revista, mas elas me decepcionam são  burras, então você com seu excelente  currículo achei que seria diferente, pensei: se arrisque , contrate a garota esperta e gorda, tinha esperanças, mas você me decepcionou mais do que as outras” , inconformada por Miranda não valorizar seu trabalho, Andy recorre a um colega de trabalho, estilista de moda, que a ajuda com a mudança no visual. Ao passar do tempo Miranda, mesmo sem fazer elogios e motivar a moça, confiou-a a tarefa do livro na qual Andrea falhou por não ter seguido a risca as instruções dadas por Emily, sua colega de trabalho que assim como Miranda, sempre criticava e desmotivava com a frase: “milhões de garotas se matariam por esse trabalho”, ou seja, sempre deixando claro que ela poderia ser substituída por qualquer outra, com tanto que mostrasse um diferencial.

As competências e habilidades de Andrea ficam em evidência na cena em que Miranda pede o manuscrito inédito do Harry Potter, Andy mostrou que sabia lidar com novos desafios e situações inusitadas, garantindo a continuidade em seu trabalho, ela dispôs energia e se empenhou para atingir o objetivo, com qualidade e usando sua network.

Miranda Priestly é uma chefe competente e muito exigente, uma mulher determinada e relacionada seriamente com seu trabalho, mas como líder é  péssima  leva um modelo de gestão autocrático, nesta, o líder centraliza totalmente a autoridade em suas decisões  e seus subordinados não têm nenhuma liberdade de escolha, Miranda é dominadora emite ordens e espera que seus subordinados estejam prontos e mantenham obediência sem hesitar, ela é temida por toda sua equipe que trabalham quando ela está por perto (cena explícita no início do filme) a equipe sempre está em estado de tensão e frustação. E um bom líder sabe que se mais pessoas tiverem o mesmo conhecimento vai ser bom para ele e para a corporação; trata bem seus subordinados, deixa com que eles se sintam importantes e fundamentais na empresa; gera confiança e confia nas habilidades de seus funcionários; tem boa comunicação e é mais próximo do seu pessoal. No final do filme Miranda diz: “Andrea, sabe por que a contratei? Porque vejo muito de mim em você, se quer essa vida, suas escolhas serão necessárias”, Andy responde: “mas se eu não quiser essa vida”? Miranda: “não seja ridícula, todos querem ser como somos” naquele momento Andy percebe o que estava fazendo as escolhas erradas ela, abandona o emprego e volta a sua vida normal.

Emprego é uma algo institucional que envolve assinatura de carteira e compromisso com as leis trabalhistas. Mario Sérgio Cortella diz: “Emprego é fonte de renda e trabalho é fonte de vida”, ou seja, trabalho é qualquer atividade que gere dinheiro e ocupação seria a profissão, uma função na sociedade ou algo voluntário. O modelo gestão indicada no filme é gestão por competência em foco nos resultados toda chefia precisar apresentar resultados, caso contrário, no mínimo a empresa perde a credibilidade, por mais cruel que fosse Miranda, seus métodos davam certo, ela exigia muito, porque ela mesma se supera a todo o momento e não pode esperar ou exigir menos de quem esta a seu lado, ela queria que seus funcionários levassem a empresa como parte da sua vida, assim como ela faz.

Concluímos assim que nem tudo vale a pena para manter um emprego e nem trabalhar para o “diabo” para obter sucesso, pois honestidade, dedicação, seriedade e compromisso são fatores bem vistos no mundo corporativo, mas nada pode passar por cima de nossa integridade e dignidade.

                                                                               

                                                      TEXTO PRODUZIDO POR: CAMILA SANTOS

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